quarta-feira, 31 de agosto de 2011

De regresso...e bolo de camadas de baileys e chocolate.

Pois é, estive mesmo afastado, Algarve e Trás-os-montes foram os destinos de ferias, foi tempo de descanso e preparação para mais um ano que está prestes a começar e este é o ultimo! Para o ano por esta altura já serei enfermeiro, se vou estar a trabalhar ou não isso já é outra historia...
Mas voltando as ferias. O Algarve é o destino turístico por excelência; muita praia, muito sol, um ambiente descontraído sem grandes formalidades, é sempre bom apesar de haver algumas coisas que me incomodam um pouco (mas esta reflexão fica para outro post).
Em Bragança, recarrego baterias! Entrar na paisagem rochosa e acidentada de Trás-os-montes é ganhar um novo alento, é a lufada de ar fresco que enche os meus pulmões saturados do dia a dia de uma grande metrópole como Lisboa (e não me interpretem mal, eu adoro Lisboa, mas a ligação ao nosso passado que se consegue quando se visita a terra natal é algo especial).
Em próximos posts vou fazer alguns  comentários sobre alguns aspectos que merecem ser conhecidos nos destinos que eu escolhi para o "descanso do guerreiro", mas para já fica uma receita que era para ter sido feita em Bragança, mas que acabou por não ser.
Juntei nesta receita varias ideias e inclusive o creme de baileys que já se encontra noutro post (Tartes de baileys) e criei esta verdadeira delicia que recomendo realmente que experimentem. (Fica apenas um apontamento, como o bolo e o creme têm uma cor muito parecida as camadas não se distinguem bem, para a próxima vou acrescentar chocolate em pó na massa do bolo de forma a que este fique com uma cor mais escura que contraste com o recheio.)
Enfim estou de volta e apesar de durante as ferias praticamente não ter cozinhado (entre a comidinha da mamã e as idas a restaurantes não houve muita oportunidade) tive varias ideias que se correrem bem quando executadas vou partilhar aqui.




INGREDIENTES:

Para o bolo:


- 175g de manteiga amolecida.
- 175g de açúcar.
- 140g de farinha com fermento.
- 1/2 c. chá de fermento.
- 3 ovos.
- 1/2 c.chá de essência de baunilha.
- 30g de chocolate (mínimo 50% cacau) picado.

Para o recheio:


- 200ml de Baileys.
- 200ml de leite.
- 40g de maisena.
- 4 ovos.
- 200g de açúcar.

Para a cobertura: (Ganache simples)
- 200g de chocolate (minimo 50% cacau).
- 50ml de natas.

PREPARAÇÃO:

- Duplique a receita do bolo e faça 2 bolos (eu usei formas redondas de 20cm).
- Bata a manteiga com o açúcar.
- Acrescente os ovos um a um batendo bem entre cada um.
- Junte a baunilha.
- Junte o fermento à farinha e com a batedeira ligada adicione aos poucos à mistura.
- Depois de tudo bem incorporado junte o chocolate e envolva com uma colher.
- Forre as formas com papel vegetal.
- Divida o conteúdo em partes iguais por cada uma das formas.
- Leve ao forno pré-aquecido a 180º cerca de 35 minutos ou até que o palito saia seco.
- Deixe arrefecer dentro das formas cerca de 10 minutos e em seguida desenforme e retire o papel  vegetal.
- Reserve os bolos e depois de frios corte-os ao meio.

- Entretanto prepare o creme de Baileys.
- Dissolva a maisena no leite aos poucos para não criar grumos.
- Bata os ovos com um garfo.
- Numa panela junte todos os ingredientes e mexa bem.
- Leve ao lume a cozer e engrossar mexendo constantemente.
- Quando estiver com a consistência desejada (deve dar para barrar facilmente no bolo) retire do lume.
- Passe por um passador para retirar alguns grumos que se possam ter formado e reserve.

MONTAGEM:

- Num prato coloque um pouco de creme para servir de cola e coloque uma parte do bolo por cima.
- Espalhe uma boa camada de creme e tenha atenção para que a superfície do bolo fique direita, caso contrario no final o bolo vai parecer a torre de pisa.
- Repita esta operação mais 3 vezes (ate colocar a ultima camada de bolo).
- Reserve.

- Prepare a cobertura.
- Pique o chocolate.
- Aqueça as natas ate quase ferverem.
- Deite as natas por cima do chocolate e mexa até este se dissolver (se necessário aqueça a mistura no microondas para derreter algum pedaço de chocolate que não tenha ficado bem).

 Deixe a cobertura arrefecer e com a ajuda de uma espátula espalhe em toda a superfície do bolo.

A restante decoração é a gosto, eu usei macadamias laminadas/raladas.

Depois é só cortar fatias bem gordas e acompanhar com uma chavena de café! Uma delicia.








quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Chocolates Claudio Corallo - Os melhores do mundo!

Bom, hoje não trago uma receita mas sim uma sugestão. Um local em Lisboa que deveria ser de visita frequente pelos habitantes desta cidade e ao mesmo tempo ponto de interesse turístico para quem vem de fora.
Estou a falar da chocolataria Claudio Corallo ( http://www.claudiocorallo.com/ ) em Lisboa.
Mas antes um pouco de informação - Claudio Corallo é um mestre chocolatier residente em São Tome e Príncipe, é aqui que tem a sua fabrica onde produz aquele que é por muitos considerado o melhor chocolate do mundo acompanhando todo o processo desde a escolha das plantas do cacau até à produção do chocolate.
O chocolate é surpreendente, nada que se assemelhe ao que estamos habituados, não há aromas artificiais e que habitualmente estão nos chocolates que consumimos (como baunilha). De facto é chocolate negro mas que não tem o amargo a que estamos habituados (excepto o 100% que é extraordinariamente intenso) uma vez que o processo de torrar os grãos de cacau é controlado ou até inexistente, sendo que é este processo que produz o sabor amargo.
Mas basta deste pormenores, se quiserem saber mais visitem o site.






Agora a minha experiência na loja em Lisboa:

- Logo à entrada o cheiro é inebriante! Um cheiro intenso a chocolate que nos deixa imediatamente felizes por estar ali, depois, a menina que está ao balcão pergunta o que desejamos e, ou sabemos já exactamente o que queremos ou então como no nosso caso precisamos de ajuda o que leva a que sejamos presenteados com um menu de degustação dos vários tipos de chocolate sem quaisquer custos (embora seja expectável que no final se compre alguma coisa ( de qualquer forma não é possível resistir a comprar )).
A nossa prova começou com as favas de cacau torradas (de forma a saber o sabor daquilo que está na origem do chocolate) que têm um sabor que invoca o chocolate sem saber de facto a chocolate - Muito interessante.
Continuamos depois por todos os outros, chocolate 100%, 80%, 75%, 731/2%, com gengibre, com laranja, com pimenta e flor de sal... Enfim, um sonho! E o sorvete...de chocolate claro! Apenas chocolate 100%, água e açúcar, nada mais, o sabor mais puro que alguma vez provei em formato de bola de gelado.
Tem também o café que eu não provei mas a Rute sim e disse ser fantástico, os chocolates quentes, trufas e bombons variados, etc.

Mas as minhas preferidas foram mesmo as bolinhas que estão nas fotos (as fotos são do que nos compramos para casa), recheadas de gengibre, uma verdadeira bomba de sabor.

Muito mais há a dizer mas o post já vai longo, para finalizar apenas uma palavra: EXPERIMENTEM!
Fica aqui a morada:

Rua Cecilio da Sousa, 85 (no Príncipe Real)
1200 - 010 Lisboa

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Pipocas com caramelo e amendoins.

Ora aqui está um doce versátil, ou seja tanto serve para comer durante uma sessão de cinema no sofá de casa, como para ter dentro de um frasco ir ir comendo de vez em quando.
Muito simples de fazer, e uma delicia que é difícil de parar de comer.
Do que podem ver na imagem não sobrou muito, entre mim e a Rute enquanto víamos um filme comemos quase tudo. (O Bactérias cheirou mas não lhe agradou muito, lol, no entanto achou que as pipocas davam umas boas bolinhas para brincar.)



INGREDIENTES:

- 40g de manteiga com sal.
- 220g de açúcar mascavado.
- 2 c. sopa glucose liquida (encontra-se nas lojas que vendem artigos para pastelaria e decoração).
- 20g de sal refinado.
- 1 c. sopa de bicarbonato de sódio.
- 1 chávena de chá de amendoins descascados. (ou outro fruto seco).
- 100g de milho para pipocas.
- óleo qb.

PREPARAÇÃO:

- Façam as pipocas colocando numa panela grande uma gota de óleo (com a ajuda de um guardanapo usem essa gota de óleo para untar todo o fundo na panela).
- Coloquem o milho na panela, tapem e liguem o fogão. De vez em quando agitem a panela para os grãos de milho ou as pipocas não queimarem. Demora um pouco ate se começar a ouvir o milho a rebentar. Retire do lume assim que deixar de ouvir barulho ou este diminuir de frequência. Retirem a tampa e deixem o vapor sair. (cuidado que ainda pode saltar alguma coisa).
- Reservem as pipocas

- Forrem um tabuleiro com papel de alumínio e reservem.
- Coloquem outra panela com um bom diâmetro ao lume e coloquem a manteiga, quando esta estiver derretida juntem o açúcar e a glucose e mexam para incorporar bem.
- Deixem levantar fervura e juntem o sal e o bicarbonato de sódio (quando juntarem o bicarbonato de sódio vai acontecer uma reacção estranha, é normal! Retirem a panela do lume brevemente e mexam até voltar a ficar com um aspecto "mais" normal (se acharem que está com um aspecto estranho não se preocupem, está tudo bem, simplesmente continuem com a receita.)
- Coloquem novamente a panela ao lume em lume brando.
- Quando começar novamente a levantar fervura juntem as pipocas e os amendoins. Apaguem o lume e mexam vigorosamente de forma a cobrir todas as pipocas com caramelo.
- Retirem para o tabuleiro e espalhem com o auxilio de uma colher ou espátula.
- Deixem arrefecer, partam em bocados e está pronto.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Maionese caseira...LIGHT!

Pois é, a maionese caseira é bastante agradável, com um sabor que pode ser ajustado ao nosso gosto adicionando-lhe especiarias, ervas aromáticas, etc, ou seja, só depende da nossa imaginação.
No entanto a maionese caseira habitual tem pelo menos dois grandes problemas, em primeiro lugar a conservação - têm que ser consumida rapidamente pois as gemas usadas não são cozinhadas e estragam-se muito rapidamente, e em segundo lugar, têm muito colesterol devido também as gemas.
Mas então como contornar este problema?

Antes de mais lembrar a receita de maionese clássica:

- 1 gema.
- 1 pitada de sal.
- 1 c.sopa de vinagre.
- 2,5 dl de azeite.
- 1 c.chá de mostarda (opcional).

- Juntar tudo menos o azeite e mexer.
- Juntar o azeite muito lentamente enquanto se mexe vigorosamente. (Eu uso a varinha magica num copo alto e estreito, é muito mais fácil e o braço não fica cansado.)

Como todos sabemos o azeite e o vinagre não se dão bem, mas o que acontece é que existe uma substancia nas gemas que serve de emulsionante, ou seja ajuda a ligar o azeite e o vinagre (a mostarda tem o mesmo efeito, por isso se usa para fazer vinagretes), no entanto a simples adição do emulsionante não é suficiente, é necessária uma agitação vigorosa que separe o azeite em gotículas minúsculas que o emulsionante possa rodear mantendo-as seguras e imobilizadas.
De uma forma mais técnica, na gema existem moléculas com duas zonas bem definidas: uma polar e outra apolar, ou seja, uma que se liga facilmente à água e outra ao azeite criando assim uma ligação forçada, essa ligação é tanto mais forte quanto menores forem as gotículas de azeite, quanto menores as gotículas mais pastosa fica a maionese (é importante deitar o azeite devagar para que esta quebra seja mais eficiente).

Bom, passada a aula de ciência e indo ao que interessa, o que provavelmente não sabem é que se pode fazer a maionese não com as gemas mas sim com as claras uma vez que as claras também têm substancias emulsionantes.
Esta maionese feita com claras não tem as desvantagens da clássica, uma vez que a deterioração é muito mais lenta (afinal as claras são muitas vezes consumidas sem serem cozinhadas, por exemplo os merengues), e por outro lado não têm qualquer colesterol.
Claro que têm a desvantagem de ter muito pouco sabor, mas se lhe juntarem a mostarda, algumas ervas aromáticas e/ou especiarias ficam com uma verdadeira maionese light.
Para fazer esta maionese simplesmente usem a receita anterior, substituam as gemas por claras, e juntem os sabores que desejarem (uma maionese de alho por exemplo.)
Deixo aqui uma foto de um prato de espargos assados no forno apenas com um fio de azeite e um pouco de sal (180ºC - 10 a 15 minutos) e acompanhados com esta maionese que levou apenas a mostarda e ficou deliciosa.

Antes de terminar tenho que fazer menção ao livro de onde recolhi estas e outras informações bem interessantes:  "A cozinha é um laboratório" - Autoras: Margarida Guerreiro e Paulina Mata.

Desculpem se este post foi uma seca, lol.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Tarteletes de limão merengadas.

Esta é uma receita bastante simples, mas que, em termos de doces, será provavelmente a receita que provei que mais gostei até agora! Simplesmente adorei o sabor!
Doces, mas com a acidez e o sabor do limão e da lima a fazerem-se sentir em todo o seu poder, uma maravilha!
Acredito que haja quem possa não gostar, mas eu, tenho a impressão que se as fizer e comer com muita frequência vou ficar viciado!
Não estou a exagerar, ficaram extraordinárias e para quem não conhece recomendo que experimentem.



INGREDIENTES: (para 8 tarteletes, se quiserem fazer uma tarte grande dupliquem os ingredientes)
- 3 c. sopa de açúcar em pó
- 1 lata de leite condensado.
- 3 ovos.
- Sumo e raspa de 1 limão e 4 limas.

PARA A BASE:
- Um rolo de massa quebrada.

PREPARAÇÃO:
- Cortem a massa quebrada em pedaços adequados ao tamanho das formas que estiverem a usar (também podem fazer uma tarte grande em vez de tarteletes).
- Forrem as formas com a massa.
- Coloquem por cima papel vegetal e encham a forma com feijões secos (eu uso grão de bico, lol).
- Levem ao forno pré-aquecido a 180º cerca de 15 minutos.
- Retirem do forno , retirem o "grão de bico" e o papel vegetal. Levem ao forno mais 5 minutos. Retirem do forno, retirem a massa de dentro das formas e reservem.

FAZER O RECHEIO:

-Separem as claras das gemas. Batam as claras, quando começarem a fazer espuma adicionem lentamente as 3 c.sopa de açúcar. Bater até obter picos suaves, o merengue não deve ficar muito duro (eu bati as minhas demais)
- Misturem os restantes ingredientes (Leite condensado, as gemas, o sumo e a raspa) e mexam bem para ficar uniforme (o liquido pode parecer um pouco separado ou coalhado devido à acidez dos citrinos, se isto acontecer basta mexer novamente para voltar a ligar.)
- Mexam bem o recheio e encham as formas até cerca de 0,5cm do rebordo.
- Levem ao forno cerca de 20 minutos ou até que a superfície do creme comece a fazer bolhas.
- Retirem do forno e deixem arrefecer um pouco (máximo 5 minutos).
- Coloquem o merengue por cima das tarteletes (uma boa quantidade) e usem as costas de uma colher para dar um efeito de altura, como se fossem ondas (se o merengue estiver muito duro não se consegue este efeito, mas não há problema, coloquem-no simplesmente por cima das tarteletes.)
- Levem novamente ao forno apenas o tempo suficiente para o merengue ficar dourado.

Retirem do forno, deixem arrefecer (ou não, a primeira que comi ainda estava morna, lol) e deliciem-se.